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QUANDO DEVEMOS SAIR DE ONDE ESTAMOS?
"Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que venha o Filho do homem”", Mat 10:23

A palavra de Deus não nos permite ser desistentes. Existem é muitas cidades a percorrer na nossa vida toda e existem umas quantas que não nos querem ouvir. Daí que não iremos percorrê-las todas com a verdade do evangelho em tempo útil ainda e muito menos se estivermos ainda a perder tempo precioso a tentar tornar pedras em filhos de Abraão. Existem muitas coisas a fazer, muitos prodígios a realizar, muita gente que nos pode ouvir ainda. Porque perder tempo com quem não quer ouvir?

Mas entrando numa certa cidade onde todas as pessoas nos aceitam de braços abertos, pode criar um ambiente de desobediência também. Se estivermos conscientes daquilo que nos levou ali, da vontade de Deus, pouco nos importamos que nos recebam de braços abertos contando que estejamos no efectuar e efectivar da vontade de Quem ali nos enviou. Assim, podemos estar à vontade onde nos tratam mal, à vontade onde nos tratam bem, onde falam a nosso favor ou contra nós se estivermos a manobrar dentro daquilo que é a vontade de Deus.

É sempre necessário um coração que nunca se desvia de fazer tudo aquilo que nos foi incumbido e confiado por Deus em pessoa.

É mais difícil efectuar a vontade de Deus onde nos tratam bem e falam bem de nós, do que onde fazem o contrário. Só que, quando nos tratam mal, notamos que as coisas não estão a correr bem quando não estão e também podemos notar que estão se estão de facto. Porém, se estiverem a correr bem enquanto nos tratam mal, com dificuldade aceitamos. Nunca notando quando as coisas estiverem a correr mal naquilo que toca a vontade de Deus nos homens, caso as pessoas nos estejam a tratar bem, nunca nos apercebemos de como é falsa e precária a nossa situação, pois temos o poder de nos iludirmos de que tudo estará bem quando não está - apenas porque nos tratam bem.

Ora, quando nos estamos a sentir bem onde estamos mal no que toca aquela obra especial de Deus, ou mesmo quando nos sentimos mal sempre que aquela mesma obra corre bem ou tem como correr bem apenas dentro de certos parâmetros de problemas específicos, isto apenas indica o que busca nosso coração de facto, em toda a verdade dos factos: aceitação e carinho da parte de quem precisa ser salvo apenas. Aquilo que sentimos é o resultado do tipo de desapontamento que enfrentamos - tão só! Isto quer dizer que, se as pessoas nos estão a tratar mal mas a obra de Deus está a correr bem por causa disso mesmo e nos sentimos naquele direito de reclamar, logo se manifesta tudo o que se passa em nosso coração de facto e que no fundo não ouvimos nosso Mestre, não buscamos aquilo que Ele busca, não amando aquilo que Ele ama, não nos alegrando nas coisas e na forma que Ele se alegra. É claro que buscamos a lisonja, o carinho, a aceitação das pessoas em nossas vidas acima da vontade de Deus que pode até ser também a nossa própria santificação conjuntamente com aquela salvação das pessoas da cidade onde entramos e estamos. Quando estamos bem numa cidade que nos trata mal, porque fazemos a vontade de Deus, ou quando nos sentimos mal quando as pessoas nos tratam bem porque estamos fora da vontade de Deus, logo somos seres perfeitos.

Quando as pessoas nos tratam bem numa certa cidade, logo pensamos estabelecermo-nos por ali mesmo se nosso coração for dado a ilusão - se nos tratam mal, pensamos sair dali e ir para um outro lugar da face da terra. Se nos tratam bem, começamos a pensar em edificar casa por ali quando deveríamos estar a pensar em como salvar as pessoas que nos tratam bem apenas porque estão a evitar salvar-se de seus pecados gostosos através do seu comportamento para connosco e dos quais se apercebem quando olham para nós; e, por essa razão, tratar bem será um jeito de fugir às pressões de juízo de valores dos quais qualquer filho de Deus impõe sem se aperceber e quase sempre sem falar sobre estes às pessoas ao seu redor. As pessoas não nos tratam bem porque nos aceitam, mas sim porque nos rejeitam. Tratam bem porque querem algo com que se aliviar de suas próprias acusações mesquinhas.

Mas há problemas que enfrentamos que são uma consequência directa daquele confronto do evangelho com as trevas que nem sempre reconhecemos existir apenas porque as pessoas nos tratam bem. Ora, quando vivemos para o Senhor de facto, quando estamos dentro daqueles parâmetros dos Seus gostos, dos Seus desejos e realidades, logo manifestamos que estamos ali apenas para liquidar todo o tipo de pecado e de salvar e resgatar ainda quem se encontra preso a ele. Assim, o confronto de vidas é sempre inevitável e nenhum crente tem o direito de se interrogar se Deus está a operar como deve porque passa por umas dificuldades aparentes, apenas porque o Espírito Santo está manifestamente a fazer uso de nossa luz e coração para confrontar a arrogância e a consciência endurecida de todas as pessoas, pela real bênção do da Sua luz maravilhosa imerecida em nós e em quem pode ainda vir a ser resgatado do seu mal. Logo, em vez de evitar, devemos suportar a pressão de ceder perante pecadores arrogantes que nem respeitam o facto de seu Deus estar na disposição de os salvar ainda de todos os seus males e carências de perdição.

Assim, quem aceitar este evangelho de confronto da parte de quem nunca finge nem diante de bons tratos, logo essa pessoa ouviu de facto - pode concluir-se que está em vias de se salvar. Se umas dessas pessoas nos derem um singular copo de água quando vivemos numa plenitude de vida especificamente contrária à deles, a qual confronta mesmo quando não nos apercebemos, a tal vida de plenitude de todos os tempos cá na terra, logo nunca perderão o seu galardão; não porque serviram os que são de Deus, mas sim porque têm um coração que corresponde ao de quem servem, a quem que é celestial, na medida que ouvem quem não finge e revela os pensamentos do próprio coração publicamente. Assim, tendo um coração destes, nunca poderão perder seu galardão, porque são manifestamente filhos que amam a luz acima das suas vidas de pecado que se esconde e agora se manifesta pela obra de quem agora servem água, pois ouvem aquela voz de seu Mestre de facto e não se rebelam contra ela mas ainda lhe dão guarita e descanso, água e refrigério para que possam continuar naquela senda que os trouxe ali como Seus servos. Se não gostam de quem fala direito, logo renunciam a água num copo de penitência. Os pecadores nunca terão como comprar de Deus com um copo de água. Se fosse assim, Ananias e Safira ainda hoje estariam vivos. Se todos os crentes viverem direito, se todos forem fiéis ao poder, à verdade, ao jeito de Cristo, logo as árvores se tornam ou boas ou más perante seu viver - nenhuma ficará igual ao que era antes. Assim, quem fornece um copo de água a quem vive como Elias deveras, não se importunando nem perante aquela presença dum Rei poderoso, logo tem um coração igual ao de Elias e receberá galardão de profeta Elias. O tipo de coração que se tem, que ouve quem fala, determina sempre o galardão a usufruir agora e depois e não a quantidade de obra feita ou por fazer. Por isso muitos últimos serão sempre primeiros. Haverá muitos servos iguais aos mestres, mesmo quando lhes são inferiores em sabedoria e obra, pois têm um coração compatível com aquele de quem ensina e confronta por amor a Cristo.

Mas agora pode dar-se o caso de a bênção de Deus parar por ali, porque as pessoas nunca se convertem. Logo, estando nosso trabalho terminado por ali, a perseguição estará em vias de se manifestar. É aqui que entra a tal palavra "Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra". Nunca antes, nunca depois. Vemos como Paulo seguia isto à risca: "Mas, logo que os judeus de Tessalônica souberam que também em Beréia era anunciada por Paulo a palavra de Deus, foram lá agitar e sublevar as multidões. Imediatamente os irmãos fizeram sair a Paulo para que fosse até o mar; mas Silas e Timóteo ficaram ali". Act.17:13,14. Vemos que isto era norma em Paulo, o apóstolo da sabedoria que nunca chegou a ouvir esta palavra enquanto Jesus estava em forma de homem cá na terra. Logo, se estamos mal ou bem, devemos obedecer ao Senhor saindo e entrando nas cidades onde podemos fazer algo pelo evangelho. Se estivermos bem por ali, nunca devemos permanecer por lá sem ser pela vontade de Deus; se nos tratarem mal, podemos e devemos ficar por lá desde que nosso Mestre assim queira. Mas, se nosso trabalho está terminado e nos perseguem por essa razão, logo Jesus se manifesta dizendo: "Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra". E que seja assim de facto.

José Mateus

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