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COMO FAREMOS PARA NOS AFASTARMOS DOS CAMINHOS DOS ÍMPIOS?
"Por que se amotinam as nações, e os povos tramam em vão? Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos conspiram contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas. Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes tem seu prazer na lei do Senhor e na sua lei medita de dia e noite", Sal.2:2,3;1:1,2

Existe um tipo de vida que Jesus nos dá saindo da própria essência de nosso ser, extravasando para fora, inundando as regiões circundantes, transbordando nosso cálice. Ali dentro de nós, antes havia uma inimizade, um estado de ódio adormecido contra Deus e só nunca se manifestou porque Deus não entrou em cena tal qual Ele é.

As pessoas só acham que amam Deus apenas porque não o viram ainda frente a frente tal qual Ele é. Quando Deus se manifesta na Sua verdadeira essência, manifestando ao homem tanto o que Deus é e como é, revelando também ao homem seu estado de espírito verdadeiro porque Deus é luz e revela ao homem o que ele é também, logo existe um certo choque entre formas de vida extremamente distintas, sendo uma o oposto da outra. O amor quando se manifesta como vida própria, faz o ódio despertar de seu sono profundo. As pessoas acham que amam Deus porque nunca O viram e acham que Ele será daqueles que lhes dará tudo. Não será difícil amar alguém assim! Eis que as trevas e a luz se encontraram, o fogo e a água e são inimigos mortais. "Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser", Rom 8:7. Por essa razão é que as pessoas falam mal dos crentes reais, pois suas vidas confrontam instantaneamente, espontaneamente mesmo sem querer.

De igual modo, assim que Deus se manifesta na Sua essência ao homem, estala um conflito entre vidas e se esta manifestação for interior - dentro do homem - quem é pecador nunca mais terá paz até que, ou Deus o abandone, ou ele se converta e se torne igual a Deus. Isto é o que se chama convicção de pecado e esta convicção tem duas maneiras de deixar um homem pecador em paz: ou o homem se converte, ou rejeita Deus na sua essência mais pura, podendo-se tornar religioso a partir de então.

Mas quando uma pessoa se transforma na sua essência, mudando de vida de raiz, sendo nascido de novo por dentro e posto perante Deus, se essa pessoa ainda assim está cheia e transborda de vida real na sua rectidão - que a própria pessoa muitas vezes não nota por ela, a não ser pela grande paz de espírito que sente - essa vida é uma essência e uma linguagem em si, falando alto quase sempre sem palavras. O amor extravasa e é tido como um confronto às outras formas de vida que se acham no caminho de quem se transformou de verdade.

O pecado do pecador tem uma fonte dentro dele mesmo: uma real inimizade contra Deus, uma forma de estar muito própria. Enquanto Deus estiver ausente, ou apenas nas palavras e na boca de quem é pecador na sua essência, os verdadeiros sentimentos da pessoa em questão estão adormecidos e nunca se manifestam realmente - até que Deus entre em cena de verdade. O "Corpo do pecado" que está dentro de cada pecador desperta imediatamente de seu sono. É como um Urso pardo que hiberna e nunca se vê, o qual está bem nutrido, devidamente alimentado e acostumado a ser dono do seu próprio nariz. Este está em paz porque seu inimigo mortal na realidade nunca se manifestou. Um homem que tenha um inimigo que odeia, nunca tem o mesmo sentir quando este está por perto, do que terá quando este está ausente dali e durante muito tempo. Se uma pessoa em estado de inimizade se acha diante de quem é inimigo de raiz, tem sentimentos logo ali que nunca manifesta caso seu inimigo esteja longe de si e nunca se manifeste. Os homens dizem que amam Deus porque nunca o viram como Ele é.

Quando um crente se enche do Espírito, revela a essência de Deus através dele mesmo e isso será sempre tido como uma ofensa a quem estiver em absoluto estado de inimizade contra Deus. Se esse crente for firme de ora em diante, a sua firmeza, que é sempre o oposto da enfermidade e falta de firmeza em quem não tem Deus, é tida como algo que confronta - as pessoas em questão não se dão porque não estão de acordo em essência de vida. Ali haverá sempre um choque de vivência das coisas, de maneiras distintas de ser. Será deste modo que as pessoas se enfileirarão por caminhos distintos e será sempre o ímpio a romper com quem é santo - a menos que o crente se torne morno e tolo, perdendo Deus em Sua essência real. O ímpio dará logo conta de si e dirá: "Rompamos as suas ataduras e sacudamos de nós as suas cordas, pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos", Sal.2:1-3;1:5 - são estes que não se aguentarão na presença dos que foram justificados, isto é, tornado justos. Assim, desse modo, cumprimos a essência do Salmo 1 que diz: "Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; (2) antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. (3) Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará. (4) Não são assim os ímpios, mas são semelhantes à moinha que o vento espalha. (5) Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos; (6) porque o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à ruína". Se quer seus caminhos fora do pecado, mantenha sua própria vida privada com Deus integral, limpa e tenha seu encontro real com Deus continuamente. Se não esconder diante de ninguém como e quem você é, os que o querem levar para o mau caminho de volta se afastarão de si para sempre, se não se converterem. Mantenha seu caminho e não se desvie de quem está no erro: na congregação dos justos, o pecado nunca subsistirá: O Senhor promete que, se estiver consigo continuamente, "Longe de mim estará o coração perverso; não conhecerei o mal", Sal.101:4.

José Mateus

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