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"Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra estrangeira?", Sal.137:4

Sabemos como a Bíblia nos fala de sermos peregrinos quando estamos vivendo a Vida que Deus nos dá a viver, de graça e sem preço a pagar ("Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie", Ef.2:8-9). Logo, sendo peregrino poderemos considerar-nos como estrangeiros em terra estranha. Mas, o sentido deste versículo é outro. Ora vejamos.

Hoje canta-se por tudo e por nada: por negócio, com promessas de libertação (sendo que Quem liberta pode até estar longe, sendo que a emoção do cantar O substitui nesse sentimento leviano). Logo, estando muitos em terra estranha ainda, cantam os cânticos de Deus como se suas vidas a Ele pertencessem apenas de verdade quando nem é verdade.

Vamos por partes então: alguém vivendo de bem com Deus, dentro de todas as verdades Bíblicas sem excepção, pode sempre resplandecer de forma a ser invejado, blasfemado, desejado, ou até mesmo admirado neste mundo. Como a paz transborda e é sempre real (nada de fantasias nem de esforço em ter qualquer paz) torna-se sempre numa atracção para quem nunca a tem, mas  deseja-a ardentemente sem ter de achar uma nova vida que nos faz cessar da anterior para sempre. Só que, quem a deseja nem sempre o faz dentro das normas que Deus impõe. Para termos verdadeira paz, temos necessariamente de ter Deus e não apenas uma crença n’Ele: ou Ele está entre nós, ou nunca haverá uma paz real, tanto de espírito como de alma.

Assim, é frequente acharmos gente do mundo pedindo para ouvir os cânticos do Senhor ora porque gostam deles, ora porque gostam de nós, ora porque desejam o que nós temos, ora pelo desejo infernal de aplaudir e admirar quem respira pelas narinas ar que nunca lhes pertenceu. ("Deixai-vos pois do homem cujo fôlego está no seu nariz; porque em que se deve ele ser estimado?" Is.2:22). O aplauso confunde, engana e perverte, pois faz pensar que Deus está onde não tem como e porque estar. Vemos os meios carismáticos de hoje vivendo em plenos pecados de idolatria, de avareza, de promiscuidade sexual e má-língua e mesmo assim a deleitarem-se em cânticos que chamam espirituais apenas porque falam de Deus ou têm mesmo citações bíblicas de todos os géneros. Eles vivem em terra estranha e ainda assim cantam os cânticos do Senhor.

Este espírito comercial e de sucesso que sempre invadiu as igrejas em todo mundo (hoje mais que sempre), nunca deve ser alimentado à custa dos cânticos do Senhor. Como entoaremos os cânticos do Senhor em terra estranha, para terras estranhas?

Mas, existe outra forma de cantarmos os cânticos do Senhor em terra estranha também. Quando nossa vida não está bem, quando buscamos conforto na música em vez de nos dobrarmos convenientemente e limparmos de vez nossas vidas, logo ali poderão perguntar de nós, "como entoas os cânticos de Deus em terra estranha também?"

José Mateus

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