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NUVENS SEM ÁGUA
"Estes são os escolhidos em vossas festas de caridade, quando se banqueteiam convosco, pastores que se apascentam a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos; são árvores sem folhas nem fruto, duas vezes mortas, desarreigadas", Judas 1:12

É muito fácil as pessoas terem como e porque se enganarem a elas próprias. Existem motivos escondidos dentro de cada coração de homem, bons ou maus, que por vezes até ao próprio estão ocultos. Assim, tendo achado aquilo que pensa ser Deus dentro de uma doutrina de verdade ou de mentira, perto de um apóstolo falso ou verdadeiro, dentro das suas mentiras ou convivendo com falsos testemunhos de verdade – tudo é possível de acontecer – dá-se um certo fenómeno que é o engano sobre algumas verdades. Vou-me abster aqui de falar sobre onde a profecia é falsa em um ambiente já de si falso, pois acho que a pessoa só é enganada nesses ou por esses meios porque deseja ser enganada. Irei falar aqui de onde se fala a verdade, mas não se vive.

Toda a falsidade que os Apóstolos previram, tem a haver com um ambiente onde a Palavra de Deus prolifera. Sendo assim, logo devemos estar atentos à mentira, sim, mas em nosso próprio ambiente de árduo labor verdadeiro. É ali onde qualquer mentira engana sob a sombra e sob auspício de qualquer verdade - ela pode fazer isso se não for exposta.

Quando a pessoa deseja que algo seja verdade, crê em qualquer coisa – ou acha que crê. Mas, havendo verdade real por perto, terá sempre a maior dificuldade em crer nela e isto ocorre porque a fé verdadeira é um fruto do Espírito Santo apenas. Só Ele a dá. Se a pessoa estiver separada de Deus por um pecado que seja, nunca terá pleno acesso a esse fruto. Lemos de Pedro: “Aos que connosco alcançaram fé igualmente preciosa2Ped 1:1. Esta fé alcança-se, por muito que as pessoas digam que não. Logo, se o Espírito se move fora dum coração, se esse coração deseja que tal Espírito lhe pertença, tal como Simão desejou (Act.8:18-24), podemos desejar tê-Lo para nosso próprio proveito, tendo em conta o desejo secreto que possuiremos e nunca para que sejamos possuídos de Deus. E nós precisamos ser possuídos e cheios de Deus e não possuir Deus. Temos de conseguir distinguir entre as palavras de alguém e aquilo que Deus faz através dessa mesma pessoa. Viver uma vida entregue é algo distinto e diferente de pensar que se vive uma vida entregue. Aquilo que deveria ser verdade e realidade, nem sempre é.

Deus não engana ninguém, nunca tem problemas de ser tido como descarado e duro na repreensão que faz. Por essa razão, se um qualquer apóstolo fala muito bem mas sem a autorizada bênção de Deus seguindo as suas próprias palavras, Deus nunca terá qualquer problema em manifestar que não está com ele – as pessoas é que se deixam enganar pelas palavras muito bonitas, por muitas palavras verdadeiras juntas pela beleza das mesmas, ou falsamente concebidas para agradar. E se Deus não estiver com tal pessoa, alguém estará.

Existem, então, alguns sinais os quais devemos procurar dentro de parâmetros, não de verdade, mas do fruto da verdade – o fruto é quem fala da árvore e nunca o terreno na qual esta está inserida, nem de quem trabalha com ela. Lemos duma certa árvore que não dava fruto e que era mexida e remexida pelo próprio Deus em pessoa! “Não, eu vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. (6) E passou a narrar esta parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha; e indo procurar fruto nela e não o achou. (7) Disse então ao viticultor: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não o acho; corta-a; para que ocupa ela ainda a terra inutilmente? (8) Respondeu-lhe ele: Senhor, deixa-a este ano ainda, até que eu a cave e lhe deite estrume; (9) e se no futuro der fruto, bem; mas, se não, cortá-la-ás”, Lucas 13:5-9. O homem desta parábola era Deus e a árvore pode muito bem ser uma fiel representação de nós. O que pode vir a contar para essa pessoa será o fruto desse trabalho de Deus nele e não o trabalho que Deus fez uma e outra vez e nem Deus estando presente para trabalhar sem haver conseguido terminar a Sua obra.

Estes sinais devem ser claros em todos aqueles que se chamam pelo nome de Cristo: uma clara tendência em sair de todo pecado, uma clara e evidente facilidade em fazê-lo também, (pois todos “os Seus mandamentos não são penosos”, 1 João 5:3); uma manifesta presença ou ausência de Deus em pessoa, (“Estes são sensuais e não têm o Espírito”), Judas 1:19; nós nunca devemos procurar se é a pessoa quem nega Deus, mas se é Deus quem nega a pessoa – Deus não finge, nem bajula para conquistar alguém.

Com isto, então, devemos distinguir entre duas coisas diferentes: a vida que a pessoa vive quando não se esforça, quando é natural; a bênção que Deus pode dar a essa mesma vida. Isto deve-nos levar a pôr de lado as palavras que a pessoa usa, a verdade que prega, ou os sonhos que permite a quem o ouve. Por isso clama Paulo assim: “Em breve, porém, irei ter convosco, se o Senhor quiser e então conhecerei, não as palavras dos que andam inchados, mas o poder”, 1Cor.4:19.

Judas nunca nos diz que estas pessoas não são fontes ou que não são nuvens, estrelas, fontes ou que não se congregam connosco: pelo contrário afirma que “sonhando, contaminam a sua carne, (…) estes são os escolhidos em vossas festas de caridade, quando se banqueteiam convosco, pastores que apascentam (…)”. Diz que são nuvens mas sem água, fontes mas com água imprópria e estrelas sim, mas estrelas errantes. São árvores sim, mas sem folhas e sem fruto. Será pelo fruto da árvore que se conhece a mesma e nunca se é Deus quem mexe na sua terra. O maior erro do crente hoje, é aceitar a árvore sem provar seu fruto, sem testar se é original. Mas, para isso, esses mesmos crentes terão de “crer como as Escrituras dizem” (João 7:38) e nunca como lhes apetece! “Conheço que não podes suportar os maus e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são e os achaste mentirosos”, Apoc.2:2.

Sejamos, então, como o Rei Asa que nem o pecado de sua própria mãe poupou. Um Rei teme a opinião pública, mas Asa destituiu sua própria mãe diante de todo Israel (Judá) e nem se importou com a vergonha que ela iria passar. Será você capaz de fazer isso em sua igreja, em sua própria casa à vista dos membros de toda a sua igreja? E será que Deus sairá para abençoar quando você faz isso? O selo do justo é sempre este: "O Senhor conhece os seus" e por essa razão "tudo quanto fizer prosperará". José prosperou na prisão. Você prosperará fora dela? Amem.

José Mateus

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