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O PRINCÍPIO BÁSICO DUM AVIVAMENTO: IR À PORTA
"Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei e ele comigo", Apoc.3:20

Sempre que existam crianças barulhentas numa casa, caso esse lar esteja despreocupado e pense de si mesmo que "Rico sou, estou enriquecido e de nada tenho falta", a primeira coisa a ser ignorada é a porta: o que se passa de bom do lado de fora dela.

A segunda coisa a ser prontamente ignorada, é o que se passa de mau do lado de dentro. A maioria de todas as coisas que se passa dentro das igrejas hoje, são e operam literalmente contra Deus. No entanto, todos eles se preocupam com aquilo que se passa do lado de fora. Passam a vida a querer converter pessoas sem estarem convertidos. As profecias são, na sua maioria, falsas; mesmo que algumas vezes fossem verdadeiras nem veriam qual a diferença se não as rejeitassem; os pregadores, incoerentes com aquilo que pregam, pedem dízimos, mas vivem do luxo. Não é isto o que se passa em nossas igrejas hoje? Pensarem que dominam quando na verdade são dominados por forças internas de pecado interior?

Pior será quando pensam e afirmam incoerentemente que já têm avivamento apenas porque tudo lhes corre muito bem (humanamente falando, claro) e porque os seus filhos se criam internamente e ainda vêem viver dentro de casa muitos adoptados que contribuem para os seus orçamentos, os quais se sentem encobertos e protegidos das setas de uma consciência infernal por ali mesmo, a qual nunca lhes dá descanso doutra forma, no exterior, porque está continuamente manchada. Mas, quando temos de dar algo a uma igreja para nos sentirmos em paz com Deus, podemos ter a certeza que não foi Deus quem recebeu de nós, mas antes algum corrompido igual ou pior que nós. É no apaziguar falso de consciências que se dá descanso de ficção: "Também se ocupam em curar superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz", Jer.6:14. "Não consideram no seu coração que Eu (ainda) me lembro de toda a sua maldade; agora, pois, os cercam as suas obras; diante da minha face estão", Os 7:2.

Mal sabem que uma das razões porque as coisas podem estar a correr bem no decorrer dum curto período de tempo de um a mil anos é precisamente porque Deus "certamente também os põe em lugares escorregadios, lançando-os para a ruína", Sal.73:18. Algo a correr bem, não significa necessariamente que Deus está connosco naquilo que empreendemos – pode estar a dar-se o caso de ser porque Ele não quer que creiamos que Ele contra nós e, se algo nos corresse mal, poderíamos vacilar nessa crença. "Eles edificarão, Eu, porém, demolirei; e lhes chamarão: Termo de impiedade e povo contra quem o Senhor está irado". Nem se darão conta de como Deus está irado com eles até ao dia que for o dia da Sua ira. Esta palavra "chamarão", revela um futuro em todo o sentido porque ainda não chamam, pois Deus quer que seja chamado termo de impiedade e seja assim sempre tido num futuro próximo – daí a bênção aparente, para que se multiplique a iniquidade e não tenha percalços. Se este verbo se acha na sua forma de futuro, é porque ainda não chamam aos ímpios de ímpios. Eles ainda são lobos camuflados de ovelhas, ou de pastores de ovelhas. Ter como estar edificando, nunca é sinal claro de sucesso quando é necessário que o mau se torne ruim dentro de portas, para que o sal seja pisado pelos homens mais tarde ou mais cedo – beneficia em tudo, tanto o justo Juízo, como o justo Reino de Deus noutros lados, do lado de fora da porta. Deus disse que eles edificarão. Mas Ele derrubará. Entretanto, os ruins espalharam muitas Bíblias por um país inteiro.

Mas, existem sempre crianças rebeldes que, fartos de estar em casa, vão à porta ver e verificar se podem sair e entrar. Dessas, umas poucas acabam por dar ouvidos a Quem bate, pois esbarram n’Ele sempre que vão apanhar ar. Outros habituam-se a entrar e a sair e ora dão ouvidos, ora não dão!

Esta porta, ao contrário do que se possa pensar, é a porta duma igreja avivada, na qual vemos Jesus estando do lado de fora. E é com muita frequência que ouvimos barulhentos "avivalistas" molestarem e tentarem convencer pecadores melhores que eles próprios com este versículo, "Eis que estou à porta e bato", quando Cristo o usou para falar com uma igreja em tempos de um avivamento sem igual na história do mundo. É aqui que jaz a diferença entre avivamento real e um irreal: no real, os que estão dentro, ouvem o bater da porta e se humilham em todas as suas "justiças", enquanto que no oposto, se exaltam em todas as suas maldades e não se humilham por acharem que são amados em demasia, maldades essas que só não passam por aparentes a quem delas desfruta e faz desfrutar ainda – por conveniência, é claro.

A nossa porta é o segredo que nos separa dum real avivamento. É para lá que devo ir, descansar do barulho infernal de crianças e pensamentos rebeldes, que se amam a si mesmas em demasia, que sonegam consciências e tanto assim é que usam Deus apenas como objecto e não como objectivo. "Tendes enfadado ao Senhor com vossas palavras; e ainda dizeis: Em que o havemos enfadado? Nisto que dizeis: Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor e é desses que ele se agrada; ou: Onde está o Deus do juízo?" Mal 2:17.

Depois, temos de ir ver à porta, ouvir crendo em Quem bate e não apenas ouvir que bate nem apenas porque bate, pois lemos que quem tem ouvidos que ouça: quem ouvir bater, que vá mais longe no seu ouvir. Quem teve ouvidos para ouvir a batida e atendeu, logo deve tentar ouvir mais e melhor para além da sua porta, pois "Engrandecido é o Senhor ainda além dos termos de Israel", isto é, fora de portas, Mal.1:5. Amem.

José Mateus

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