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ROUBAR A DEUS
"Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos?", Mal.3:8

Todos sabemos que o roubo é uma coisa gravíssima. Ainda mais quando se rouba de Deus! Contudo, devido às influências do amor pelo dinheiro e de seu respectivo desprezo por outras coisas, assumimos que o roubo só é grave quando se trata de posses, isto é, dinheiro ou bens. Mas, podemos roubar muito mais coisas para além de bens e posses. O outro problema é as pessoas tornarem-se negligentes com as coisas que não lhes pertencem quando se apercebem que não são suas. Mas, vamos ver que tipos de coisas se roubam de Deus. Seria muito bom lermos o livro de Malaquias completo. É o livro que mais especificamente fala sobre roubos a Deus. Se eu tiver uma dívida em algum banco a qual não paguei, seria absurdo ir pedir mais um empréstimo, pois, sei que nenhum banco emprestaria a quem já lhes deve. Se você deve a Deus e não Lhe dá o que Lhe pertence por direito, se deve às pessoas e não devolve, como pode persistir pedindo aquelas coisas importantes a Deus crendo que as irá receber? O que é que você deve a Deus? A sua vida? Quem deve a Deus deveria temer, pois, só quem não deve nada a ninguém é que não teme.

Coisas que pertencem a Deus, as quais podemos roubá-las da mão d'Ele:
  1. As nossas vidas foram criadas por Deus para Deus. Várias vezes Jesus usou as palavras "Sois Meus". "Nisto, todos conhecerão que sois Meus (discípulos) ". "Lembra-te destas coisas, porquanto és meu servo; Eu te formei, Meu servo és, não Me esquecerei de ti"; "E me disse: Tu és Meu servo; és aquele por quem hei-de ser glorificado", Is.44:21; 49:3. Existem muitos versículos que atestam esta verdade, alguns ainda mais especificamente que estes que usamos aqui. Se você mantém uma pequena área de toda a sua vida sob seu próprio controlo ou escrutínio e se não é Deus quem a reina, você está roubando de Jesus. Toda a sua vida e existência pertencem a Deus integralmente. Por essa razão é que não concordo totalmente com a actual ideologia que se criou através das ofertas dos dízimos, pois, cria a impressão que podemos fazer tudo que desejamos com os restantes 90%. As doutrinas actuais sobre os dízimos induzem as pessoas em duplo erro no tocante a quem se oferece (a Deus ou a algum anjo de luz que passa por Deus); e quanto ao que não se oferece a Deus, dando a ideia que o homem pode usar onde quer tudo quanto sobra dos 10%.

  2. Mas, quando você sabe que nada lhe pertence e, por isso, você não cuida de toda a sua existência como pertencendo a Deus, você é negligente com aquilo que não é seu ou cuida poder tratar as coisas levianamente somente porque não lhe pertencem. Você acha que alguma parte da sua vida pode ser negligenciada ou que não tem valor eterno sendo que Jesus teve de morrer e ressuscitar para resgatá-la? Jesus faria tanto por uma coisa sem valor? Sua língua pertence a Jesus? Você educa-a na santidade? Seu vocabulário glorifica Deus? Sua existência mostra claramente que você vive a pensar no céu e que investe na eternidade? Ou será que ainda mantém a subtileza de pensar que pode ser negligente quando algo não lhe pertence?

  3. Outro dos problemas sérios é as pessoas darem uma parte de seus pertences aos falsos. Devemos dar a Deus tudo quanto Lhe pertence e não aos falsos que propagam doutrina e ensinamentos falsos em nome de Deus. Contribuir para espalhar o erro e a heresia é tudo menos trabalhar para Jesus. Na verdade. É sermos cúmplices do mal que mais trabalheira dá a Deus e ao Espírito Santo nos últimos tempos.

  4. Roubar glória de Deus. A nossa vida deve ser a própria glória de Jesus. O sol não se esforça para brilhar, os dias não se enganam a mudar porque dão glória a Deus cada dia, os pássaros não se enganam a cantar. Nossa vida deve funcionar do mesmo jeito, cada dia e cada momento de toda a nossa existência: para dar glória a Deus.

  5. A cobiça tira a vida daqueles que a possuem. Existe a dor de barriga quando comemos alguma coisa estragada, como existe o desarranjo espiritual quando tragamos o pecado. O pior é que a maioria das pessoas que têm desarranjos espirituais continuam a comer daquilo que lhes faz mal, enquanto que, num desarranjo intestinal, as pessoas procuram saber o que lhes causou tal desconforto e tal mal. Quando o seu coração se sente mal, quando se sente indignado, quando se sente impaciente, porque razão você não afirma que comeu alguma coisa ruim como quando está mal dos intestinos?

  6. Conceitos errados sobre a glória de Deus
  1. Existe esta mentalidade que não podemos viver para a pureza de Deus em exclusividade absoluta e incondicional. Todos afirmam que é impossível. Por essa razão oferecem os seus membros a quem acham que pertencem, isto é, ao pecado. Se não crêem que podem viver de um jeito, entregar-se-ão ao outro. É uma consequência lógica. Mas, os limpos precisam saber que podem oferecer tudo o que são, incluindo os seus membros, para viver pela pureza de Deus, pois se estão limpos, perto de Deus, é facílimo vivermos para Ele sem sermos contaminados pelo mundo. Não devemos nada ao mundo. "Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado (...) Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus...", Rom.6:11-14. Crer que não conseguimos viver como Jesus viveu na terra é e será sempre sinónimo de entregar os nossos membros ao pecado.

  2. Outra mentalidade errada é que são as palavras e os cânticos que dão glória a Deus. Mas, a Bíblia afirma que é a nossa vida que glorifica a Deus. Se sua vida não conseguir ser uma estrela brilhante quando está calado, então não use orações, palavras e outras coisas mais para 'dar glória a Deus'. Se o fizer, será considerado hipócrita, seus pés e mãos serão atados e será lançado fora da congregação e da festa dos santos, Mat.22:11-13. Vamos verificar as coisas além das palavras. Você diz uma coisa (para parecer cumpridor e santo), mas, na prática faz outra? Você vive de conceitos ou experimenta vida?

  3. A vida idealizada. Quando viemos a Cristo (e assim que começamos a mudar a nossa vida de verdade), o maior impedimento é aquela vida que idealizamos como santa. A vida que idealizamos quase nunca é a vida que Cristo quer dar. Uma vida idealizada será a maior pedra de tropeço para uma vida simples e de santidade. O pecado é facilmente visto como mal, mas, uma vida ideal raramente é vista como pecado, mesmo sendo uma forma de vida alternativa. Seria o mesmo que aceitar que a religiosidade seja vida apenas porque fala em Deus e mantém aparências. Uma vida substituta equivale à outra mulher num homem casado. Se a outra mulher for educada e bonita isso justifica que deixemos a nossa? Uma vida alternativa é como uma amante em nossa vida. Será má por muitos motivos. Um deles é que as vidas idealizadas são quase sempre premeditadas e pouco espontâneas. Outro motivo é que é uma vida de aparência, pois, não é a nossa. E a vida que deve mudar é a nossa e não a outra. Aqueles que lutam por uma vida de aparência sempre que tentam transformar a sua vida, mudam a substituta e não a deles pois a deles encontra-se na obscuridade a morrer à fome. É isso que os homens adúlteros fazem: cuidam das amantes e desprezam as esposas.

  4. Outra ideia errada é que não podemos ser santos para não competirmos com Deus. Se pecando as pessoas trouxessem glória a Deus, não poderiam ser condenadas. Quem glorifica Deus não é condenado. Sabemos, contudo, que o salário de qualquer pecado em qualquer pessoa (crente ou não) é a morte. Se isso é verdade, ninguém pode considerar-se feliz com a ideia de ser pecador. Muitos querem reconhecer-se como pecadores apenas para acharem que não competem com Deus pela glória de ser santo. Na verdade, quem compete pela Sua glória são os que pecam e não os que se tornam santos. Por alguma razão fomos criados conformes à Sua imagem. Se déssemos glória a Deus continuando pecadores, não poderíamos ser condenados. O que traz glória a Deus não pode ser condenável. "Mas, se pela minha mentira abundou mais a verdade de Deus para Sua glória, por que sou eu ainda julgado como pecador?", Rom.3:7. Não poderei ser condenado quando trago glória a Deus e, quem traz glória a Deus, não pode ser considerado pecador. Por isso, não tenha medo de ser santo! "Tendes enojado o Senhor com as vossas palavras; e ainda dizeis: Em que o havemos enfadado? Nisto que dizeis: Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor e é desses que Ele se agrada", Mal 2:17.

  5. Quando Deus faz uma promessa é porque as condições onde essa promessa se susterá e da qual viverá ainda não se encontram criadas ou não existem. Por isso, quando existem promessas, devemos trabalhar para a criação de tudo aquilo que sustentarão o que Deus promete. Por exemplo: se Deus nos promete um filho, devemos trabalhar para um casamento saudável onde Deus é glorificado, etc. Amém.

José Mateus

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