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A FÉ VERDADEIRA ACREDITA SÓ NA VERDADE (A FÉ QUE PODE CRER)
"Por isso, na Escritura se diz: Eis que ponho em Sião uma principal, pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é a preciosidade; mas para os descrentes, a pedra que os edificadores rejeitaram, esta foi posta como a principal da esquina, e: Como uma pedra de tropeço e rocha de escândalo; porque tropeçam na palavra, sendo desobedientes", 1Ped.2:6-8

Crermos em Deus é toda a mensagem da Bíblia. Mas, os crentes actuais fazem crer em Deus do jeito que as pessoas desejam que Ele seja – ou do jeito que eles (os crentes) gostariam que Ele fosse. A fé em Jesus Cristo não nos permite ilusões e enganos acerca de nenhum assunto. Devemos acreditar na verdade, naquilo que Deus falou e ainda fala. Fé é simplesmente crer na verdade – naquilo que é verdade – e isso porque muitos não podem crer quando se trata de verdades que são, também, reais. A esta fé temos acesso, não podendo ser algo que se fabrica através da força ou através de música e hinos por detrás do palco de quem quer extorquir. É fácil retirar pessoas da verdade criando uma verdade paralela e emotiva, emocional, aturdida, aludida ou iludida. Pedro fala dos "que connosco alcançaram fé", 2Ped.1:1; e Paulo afirma que, os vasos de desonra numa casa que se limparem "destas coisas" serão feito vasos de honra – simplesmente. "Se, pois, alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e útil ao Senhor, preparado para toda boa obra", 2Tim.2:21. E toda a boa obra vem duma fé real.

As pessoas que evitam ver realidades, sejam estas de maldição ou mesmo de bênção, aquelas que gostam de ouvir sobre a verdade sem que esta se torne real, não estão aptas a crer na verdade. Por norma, ouvindo a verdade serve muitas vezes para que não se torne real. Um coração que crê só nas coisas reais e verdadeiras (por muito invisíveis que estas possam ser), dificilmente será enganado ou confundido. Por essa razão lemos que, "quem crer não será confundido" – porque pôde crer só na verdade. Torna-se óbvio que nunca se pode crer em qualquer coisa senão apenas no que seja verdade.

Quem crê na ilusão nunca crerá na verdade e vice-versa. Por isso, nunca devemos ter uma pessoa como crédula quando acredita em tudo que lhe dizem – ela certamente falhará no tocante à verdade e torna-se incrédula na primeira oportunidade. Jesus disse que, um descrente acredita facilmente nas coisas do diabo porque é coisa familiar ao seu coração e a ovelha ouve do que lhe é familiar também. A verdadeira ovelha duvida sempre que não é Deus quem fala. Deus nunca mente, mas caso mentisse, Suas ovelhas o ouviriam porque seriam iguais a Ele - do mesmo timbre, da mesma espécie. E quem ainda não é ovelha acredita sempre que não é Deus quem  fala quando é Ele quem fala, ou então sua balança irá pender para o lado do erro eventualmente. Por isso é que devemos ter o maior cuidado durante aquelas fases logo a seguir a uma eventual conversão onde nada do que é novo nos é familiar ainda. A Bíblia afirma que "Ele os guiará por caminhos que não conhecem". "… Mas bem vos conheço, que não tendes em vós o amor de Deus. Eu vim em nome de meu Pai e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, a esse recebereis", João 5:42-43. Se for o diabo a dizer uma mentira ou uma verdade, os seus familiares ou seus iguais acreditarão em tudo que diz da forma que diz. Sabemos que os amargurados conversam bem com outros amargurados, os incrédulos com os incrédulos, os crédulos com os que são crédulos ou possam vir a ser. Por essa razão é que nunca vi um pecador acreditar na verdade de sua própria condenação. Também nunca vi um crente real crer que não podia tropeçar em pecado sem sair condenado.

Os factos falam alto, mas nem sempre são aceites como tais. Por essa razão é que a Bíblia nos fala em "aceitarmos a verdade", pois apenas o pecador que se crê condenado terá alguma hipótese de entrar numa porta estreita e andar por um caminho difícil e apertado que nunca lhe permitirá qualquer veleidade ou ilusão acerca do Deus que adoramos dali em diante. Qualquer pessoa que se queira salvar terá necessariamente de entrar em contradição com ela mesma e contra os que pensavam de igual modo, dali em diante. Acreditar que Cristo será pedra de tropeço para minha alma, o que me despedaçará se segurar no pecado que me causa a dúvida sobre Deus, pecado do qual Ele tem todo poder de salvar, crer na condenação, é fé, é pura fé e a possível porta para uma salvação real e realista – convincente mesmo. As doutrinas actuais da "certeza da salvação" e da "certeza da fé" são falsas e não têm fundamento, nem no coração de quem tentam convencer contra a razão do próprio, nem na Bíblia. A Bíblia diz que, "se nosso coração nos condena, maior é Deus…". Que os pregadores coloquem os vacilantes a limparem-se de seus pecados em vez de os tentar convencer e logo se tornarão crentes firmes por Deus e através de Sua operação interior que lhes será evidente e real. Que façam isso acima de os tentarem convencer que são aquilo que seus próprios corações afirmam bem alto que não podem ser. O testemunho interior tem de ser dado (ali) pelo Espírito Santo e não pela boca dum pregador. Pessoa que descrê, não está bem com Deus, tal como a que se esforça para crer. Quem respira com dificuldade é pessoa doente – que não tenhamos ilusões sobre isso. Não tentemos normalizar a respiração dessas pessoas acima de descobrir a causa de sua enfermidade. Aos tais a Bíblia diz: "Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados", Tiago 5:16. A Bíblia não diz para convencermos as pessoas a crerem naquilo que para elas não pode ser verdade.

Há os que crêem em Cristo sem ser pelas vias da verdade e da realidade. Muitos crêem em Cristo como forma de álibi, apenas para poderem continuar na mesma sem sobressaltos. Crendo, agora, acham que podem persistir pecando e dormirem descansados, escapando duma condenação sobre a qual Cristo não quer que restem dúvidas. Qualquer pessoa que não acha a capacidade de obedecer a Cristo de forma espontânea, de forma consciente e inconsciente, de noite ou de dia (ou seja, de qualquer jeito sob qualquer circunstância boa ou mesmo má e adversa), não terá a mínima hipótese diante do Trono do justo Juízo de Deus. O que se quer achar, será um coração que facilmente ouve e obedece a Cristo seja em que altura for, sob qualquer circunstância – ao mais leve toque de Sua voz em nós. Tal coração não será afectado pelo diabo e sua voz, nem mesmo quando fala a verdade através duma trombeta em nossos ouvidos.

Convém a todo crente acreditar que precisa dum coração puro desde sua raiz e não apenas puro na aparência e nos cânticos e nos cultos; convém acharmos um coração simples de verdade e não forçadamente desembaraçado no tocante a verdades que sejam reais. O centro da questão será um tipo de alma, o tipo de coração e o tipo de espírito que temos, se pode achar-se em círculos familiares a Cristo sem se achar a mais por ali, na presença real e contínua de Deus (conquanto seja real o Emanuel e não apenas um Cristo pregado de forma precisa ou imprecisa). Verdades que não se tornem reais e viventes de forma prática nunca poderão ser tidas como salvadoras. Aqueles que não podem crer, que não tentem crer à sua maneira, pois, caso o façam, quando Cristo lhes disser uma verdade que seja real, não terão como crer nela. Jesus bem disse assim: "Aquele que pode crer, tudo é possível ao que crê", Marcos 9:23. Por alguma razão Cristo falou em "aquele que pode crer" e não apenas "naquele que crê".

Será por essa razão que lemos que os incrédulos têm um duplo coração (de luz e de trevas) e que Cristo disse "se a luz que há em ti forem trevas…". A esses inconstantes e de dobre ânimo, Tiago dá o mote assim: "Chegai-vos para Deus e ele se chegará para vós. Limpai as mãos, pecadores; e vós de espírito vacilante, purificai os corações. Senti as vossas misérias, lamentai e chorai; torne-se o vosso riso em pranto e a vossa alegria em tristeza", Tiago 4:8,9. O que nos faz fazer naufrágio na fé verdadeira e nos levará a aceitar uma irreal e inconstante (ou nenhuma), é uma consciência por limpar, um passado ou presente, um caminho por confessar e alinhavar conforme a verdade, 1Tim.1:19. Crente que deseje ser crente de facto, necessita apenas duma faxina real e ali começará (apenas começará) seu caminho que não conhece e do qual se pode vir a desviar se prestar mais atenção ao pecado e ao mundo do que a Cristo. Amem.

José Mateus

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