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SINAIS E MILAGRES VERSUS A LEI DO AMOR
"…Se não virdes sinais e prodígios…", João 4:48

Existe grande controvérsia hoje sobre este tema de sinais e maravilhas dentro da igreja. Podemos entrar na discussão dos mesmos, desde que nunca nos façam perder o alvo de todo evangelho e de nosso labor.

A incredulidade, quase sempre, é que leva os pastores a evitarem os milagres os quais Deus distribui dentro do seu poder e escolha a Seu devido tempo. Qualquer um que conheça a Bíblia minimamente bem, tem porque levar a sério todo o resto da Bíblia caso veja algum milagre ocorrer diante de seus olhos. Algo semelhante a ocorrer pode induzir alguém a ter de mudar de vida, de forma de pensar e isso de forma real (pois, muitos contentar-se-ão apenas em crer que mudaram sem haver mudado sequer). Caso levemos em consideração que os milagres servem para revelar que Deus é real e não para curar apenas, quem vê milagre começa a levar a Bíblia mesmo a sério em todos os seus pormenores, tem de recorrer a um jeito especial de mudar de vida de facto que remove mesmo todo pecado e o desejo de pecar de dentro de qualquer homem. São coisas reais demais para serem desejadas por quem não vive sem seu pecado habitual. Um dia tive a oportunidade de falar com uma moça católica, catequista, a qual se aproximou de mim, pedindo que lhe explicasse melhor o que eu pregava e como havia achado Deus, pois leu algo que escrevi sobre isso no dia anterior. Falamos cerca de uma hora ou mais e, no fim, ela estava chorando e disse-me: "Olha, eu era a pessoa mais feliz até ontem. Pensava que estava tudo bem comigo. Mas, acho que nunca mais vou conseguir viver bem com minha vida depois de haver falado contigo". Só mostra que ela não desejava mudar em nada e que a realidade das coisas chocou-a imensamente, pois não foram meras palavras que lavraram seu coração sequer – foi a realidade delas. Isto também ocorre entre os protestantes mornos também, pois eles também não querem mudar.

Suponhamos que acabou de casar e que se acha em ansiedade para estar a sós com seu parceiro após uma longa cerimónia. Aí, mesmo antes de sair, recebe um convite para uma ceia de Vida de quem dá verdadeira Vida. É isto mesmo que lemos em Luc.14:20. Logo ali é colocado perante uma escolha entre esse convite e um início duma lua-de-mel. É este o preço que um verdadeiro evangelho deixa bem claro durante ocasiões de manifesta realidade. Já agora, que escolheria você? O convite ou a lua-de-mel?

Verificamos, então, que existe uma incontornável associação entre a incredulidade e a falta de vontade em cumprir conforme os verdadeiros preceitos que Jesus nos comunicou e transmitiu. É maioritariamente por esta razão que muitos pregadores tradicionais se sentem comodamente instalados em suas próprias doutrinas, pois é-lhes inteiramente conveniente crer conforme crêem. É daqui que parte, também, a necessidade enganosa do ser humano desejar crer nas coisas da maneira que lhe convém pessoalmente, de ter sua própria fé também. Lemos, no entanto, que temos de crer conforme dizem as Escrituras e nunca conforme mais nos convém, João 7:38. Só assim brotarão verdadeiros rios de água viva de nós. Os sinais podem ser usados para tirar a pessoa da religião fictícia e imaginariamente consoladora, para uma realidade inquestionável no tocante a tudo quanto a Bíblia nos comunica sem hesitar sequer. As pessoas aceitarão sempre uma ideia imaginária de Deus, mas nunca Deus como realidade. É por essa razão que se apedreja quem chegou a ser verdadeiro para com Deus, adorando-O em Espírito e verdade apenas. E quem propaga a mentira dentro da igreja hoje, leva Bíblia na mão – sempre. A mentira consiste tão só no tipo de vida que diz auferir, a qual transmite por quem ouve. Quem prega uma coisa que nem experimenta, é mentiroso.

Existe um outro mal neste nosso meio ambiente religioso: aqueles que se usam dos milagres e curas para satisfazerem suas necessidades e desejos enganosamente carnais e obscuros a nível de motivos. Estes conseguem mesmo (sem se saber como) juntar água a vinho, lixo a limpeza, Deus com qualquer tipo de pecado. Estes são os que acham que Deus existe apenas para que se tenha pecado, para que se possua, para que nossos corações se desviem. Não existe grande diferença entre estes e os que rejeitam sinais, pois seu pecado é um e o mesmo, tal qual os dois sonhos de Faraó.

Se considerarmos a Lei verdadeira do amor, sendo que esta é agora escrita em nossos corações se Jesus for Emanuel de facto, caso tenhamos olhos para ver que este é o único e verdadeiro Novo Testamento (Jer.31:31.34), logo ali veremos como é indigna e repugnante a falta de fé e a incredulidade em Deus. A outra face da incredulidade é a perversidade, pois onde existe falta de fé ou fé falsa, seguramente existe pecado também. O verdadeiro amor (santidade) não vacila perante um sinal, pois está habituado a vê-los e a conviver com eles – nada impressiona o verdadeiro amor. Qualquer incrédulo vacila porque tem bases fictícias, mesmo sendo alguém que acha que acredita em Deus.

A incredulidade, quando existe, esteja escondida ou seja esta honesta e transparente, não coexiste com as chamas do verdadeiro amor. Por essa razão lemos que a fé "opera pelo amor",Gal.5:6. Sendo Jesus Emanuel para nós e não uma mera ficção ou apenas desejo de que seja real, podemos assimilar várias coisas e veremos que amor e incredulidade nunca poderão sequer habitar juntos. Supondo que um morto é ressuscitado diante de si hoje, como Lázaro foi estando envolto em trapos típicos que se usava na altura para enterrar os mortos, como reagiria? Mas, a alguém habituado a conviver com Jesus no dia-a-dia, poderia ser-lhe dito também, "Desligai-o e deixai-o ir" se saísse "o que estivera morto, ligados os pés e as mãos com faixas e o seu rosto envolto num lenço", João 11:44. Um incrédulo, ao presenciar de perto um tal milagre, certamente nunca teria espaço em seu ser para pensar em se dedicar sem hesitação a quem ressuscitou. Essa pessoa envolta em faixas e com seu nariz e vias respiratórias impedidas de serem usadas naturalmente, provavelmente morreria sufocada de novo caso Cristo pedisse a um qualquer incrédulo para o soltar daquelas faixas e lenço e o deixasse ir. Tudo o que as pessoas não fariam era deixar um morto ressuscitado ir.

Pedro estendeu sua mão a uma pessoa que ia andar pela primeira vez, pois necessitava de ajuda a erguer-se, desconhecendo o que era andar. Aquele coxo não sabia o que seria andar e Pedro ajudou-o a erguer-se, pois pensou na necessidade de seu próximo logo ali. Será que você pensaria nelas diante dum milagre? Teria tempo de se alegrar com o morto ressurgido caso este houvesse voltado para colocar sua casa em ordem, trazendo consigo uma lista de pecados por confessar? Será que você levaria em conta que aquele morto que ressuscitou pode ter passado por umas das experiências mais aterradoras de sua vida? Levaria em conta que ele precisaria de consolo, conforto, apoio, fé, aquela alegria de boas-vindas estampado no rosto de quem o recebesse de volta? Vejamos o que se disse sobre o filho pródigo: "era justo, porém, regozijarmo-nos e alegramo-nos, porque estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado" Luc.15:32. Você falaria com Lázaro, se este ressuscitasse diante de si? A incredulidade nunca reage conforme o amor, pois desconhece o que tal coisa é na prática.

A próxima vez que orar a Deus, leve em conta que Deus pode responder. O amor e a incredulidade nunca coexistirão nem coabitarão. A incredulidade é perversa (Mat.17:17) e tem sempre algo que leva a descrer – sempre. Jesus disse: "Aquele que PODE crer", pois há os que não podem e tentam crer de qualquer jeito. É a ausência duma "boa consciência que nos faz naufragar na fé", 1Tim.1:19. Se mantivermos nossa consciência limpa e asseada, a  verdadeira fé existirá sempre. Amem.

José Mateus

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